Foto: Micareta Feira
Este ano a prefeitura
de Feira de Santana, em conjunto com a Secretaria de Cultura, Esporte e Lazer,
decidiram pela transferência do Espaço Quilombola da avenida João Durval para a
Presidente Dutra, onde acontecem os desfiles de trios.
É uma inovação da
Micareta 2016, que se localizará entre a avenida Maria Quitéria e a rua
Comandante Almiro. Depois da metade do circuito. A promessa é de uma estrutura
que comporte exibições musicais de forma adequada. Contudo, quando um trio
estiver se aproximando, como ficarão os ajustes?
Em que ocasião o
artista terá que parar de executar sua apresentação em detrimento de um trio? A
intenção pode ter sido boa, mas como ficará a logística do trato entre os
artistas, de que forma isso foi pensado, é um ponto crucial que pode gerar
insatisfações.
A depender dos
intervalos entre um trio e outro, a dispersão do público é clara. O show de um
artista pode ser fragmentado em um momento indevido, já que este geralmente se
prepara pensando em seguir uma logicidade musical, de acordo com sua mostra.
Alguma atração do espaço citado pode até se sujeitar a diminuir seu show, não
sabemos. Mudanças de horários também podem ocorrer.
É uma série de prejuízos
ou alterações que podem acontecer em cima da hora. O(a) cantor(a) é que não
gosta. Nem também uma plateia específica, que às vezes está ali apenas
esperando para ver um determinado artista. São as desorientações de uma
Micareta que está para acontecer. Num evento que é realizado há tanto tempo não
deveriam suceder algumas falhas.
A visibilidade de uma
festa dessa é tamanha. E os erros devem ser mínimos. Estão mirando os acertos.
Antes mesmo de a folia começar, estão contornando erros. É o caso do BRT,
sistema de transporte que tem gerado inúmeras discussões. Um sistema no qual
foram apontadas falhas durante realização de obras. E agora o tráfego. Muitos
querendo saber como ficará a viabilidade durante a festa. No dia a dia já causa
transtornos, pela demora que apresenta na construção, já que a administração
municipal resolveu seguir adiante, mesmo diante de todas adversidades surgidas
no caminho que vão desde um lençol freático que promete atrasar ainda mais a
entrega, visto que, a drenagem do mesmo é um processo bem delicado e demorado,
até as várias ações judiciais movidas por diversos órgãos oficiais em esfera
estadual e federal, como também movimentos sociais organizados na sociedade
civil.
Quanto ao Espaço
Quilombola, ao mesmo tempo que se procura atender reivindicações, parece que
não se pensa na melhor forma de resolução. E sim de poupar demanda de tempo ao
conversar com uma categoria. A um pedido deve ser dada atenção e mais do que
isso. Devem ser feitas análises. Fica a expectativa para que a musicalidade
regional seja respeitada.
Por Laísa Melo
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Comente aqui